quinta-feira, 30 de outubro de 2008
se não me apertas
preciso me envolver no teu corpo. tudo aqui dentro pede. cansei do mental. metafísica? não seja chato. não me venha com essas palavras que me matam aos poucos: calma: espera. porque espera é incerteza. e, quando tu me pede calma, tu me exige paciência. nunca tive. sempre foi puro fingimento. aos poucos vou aprendendo a morrer como uma pessoa normal. sem grandes manifestações. como se por aqui não passassem emoções. choques. nervos. sinapse. essas coisas que matam. que desgastam os neurônios. que lascam o cérebro. que desaceleram o coração. que fazem o sangue circular: sangue doce. queria gastar a minha energia no abraço. e não no aperto do coração.
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