segunda-feira, 20 de outubro de 2008

atuação

a cena foi perfeita no meio do cotidiano. ele me contou em meio ao vinho. no meio dos doentes, ele entrou e, no meio daquilo tudo, inventou uma farsa. foi aplaudido, recebeu carinho por (pare)ser um problemático como todos que ali estavam na sala. chorou. nunca mais voltou àquele lugar, pois tudo era uma mentira.
comigo, será que não é uma atuação também? provável. eles gostam de platéia. e como sou um debilóide presa fácil, bato palmas. uma pessoa pode ser muitas. você enxerga ela como quiser. como boa, como linda, coma má, como ridícula, como vazia. você escolhe. você também pode ajudar as pessoas a te enxergarem. eu tenho escolhido a pior forma. será que às vezes dá errado? será que no meio do caos ridículo da minha fala e dos meus movimentos alguns enxergam o melhor? ou será mais uma atuação, uma carência de mais palmas? patinho feio, carente, eu bato palmas. enganado ou não. é beleza do mesmo jeito.

Nenhum comentário: