domingo, 8 de março de 2009

a nossa dança

ontem tu me tirou pra dançar.

até hesitei no começo, mas eu não resisto. sabe como é, eu fico sempre nervoso, nunca acho as palavras corretas. daqui um pouco tu me aperta mais forte. teu cheiro fica mais intenso. daí tu me faz rir. tu também ri. e no meio da valsa tu acaricia minha nunca. e volto a ficar sem graça. mas então falo sobre o luar dum jeito que é só meu. e que é diferente. e que não adiantaria explicar pra mais ninguém. porque só tu entende. e eu sei que só tu entende. e tu sabe que eu digo especialmente pra ti. como já estamos em sintonia, é bom, é bom, é bom. tu faz um movimento fora do compasso da banda que toca que só eu entendo. entender, que merda é essa? salão lotado e não precisava de mais ninguém. só eu, tu e a música. por que mais? nos rodopios eu esqueço que lá fora tem uma vida -uma vida que é só tua. melhor esquecer e bailar, bailar, bailar. e nesse meio tempo tu te mostra mais frágil. e eu entendo. e, assim, tu fica mais interessante ainda.

mas os rodopios sempre acabam. e a valsa também. nessa horas esqueço que o nosso bailado é exceção.

uma bonita exceção.

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